sexta-feira, 4 de julho de 2008

Deus existiu sempre?
Que é sempre? Deus criou-se a si próprio para depois começar a criar o universo? Onde é que estava Deus quando se criou a si próprio? E como é que alguém se cria a si próprio? Do nada, passando do nada ao ser? Se o nada existiu, tudo que veio depois estava contido no nada. Mas se estava contido no nada, então o nada não existia (José Saramago)

Pra você (é, você mesma!)

As sem-razões do amor (Drummond)

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,e nem sempre sabe sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque te amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Lua de Feno

O mês de julho foi assim batizado em homenagem ao imperador romano Júlio César. Os druidas tinham como lema usar a energia criativa para elaboração e realização de novos projetos. Esta lua, também conhecida como Lua das Plantas, Lua da Benção, Lua do gamo, Lua do Trovão e Lua de Sangue, favorece a meditação sobre objetivos e planos e traz a energia criativa necessária para sua realização. É um ótimo período para avaliar o que já foi realizado e canalizar a energia para novos projetos ou para a descoberta de novos caminhos (espirituais, pessoais, profissionais). A Lua do feno traz em si a semente do sucesso.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Será que sobrevivo sem você? Ou será que aí não serei mais eu mesmo?
'O que é mais difícil: se levantar ou se deitar? A possibilidade do dia ou do pesadelo?'
Pedro, personagem do romance 'Aos meus amigos', de Maria Adelaide Amaral
Recebi mais um spam dos chatos: se vc tivesse depositado R$100 em um banco teria tanto, se tivesse pego R$100 no cheque especial, deveria tanto muito mais...blablabla. Enfim, o poder dos juros compostos. Por que os juros são tão condenáveis? Por que ganhar dinheiro com dinheiro é tão suspeito? Será que os bancos t~em os melhores profissionais? Será que têm excelentes estratégias? É surpreendente que o dinheiro valha diferentemente conforme o tempo? O capital não merce ser recompensado? Por que vemos tantos endividados e tão poucos investidores? Esses nunca reclamam... Enfim, mistérios do eterno estado de pré capitalismo.
Quem é que manda aqui? Tem governo? Com quem é que a gente fala? Em que outro país, para lidar com o poder público, é quase sempre indispensável contratar um despachante, ou não se consegue nada? Em que outro país o povo tem medo da polícia, e os criminosos não? Em que outro país o governo de um estado inteiro (ou província, condado ou município) é posto nacadeia e, entre 25 deputados, apenas um parece não ter cometido irregularidades ou crimes graves? Em que outro país circulam, por todas as vias, de paredes de boteco à Internet, listas de candidatos confessos e envolvidos em todo tipo de falcatrua? Em que outro país as autoridades representantes de empresas de serviço público - ou qualquer outra pessoas, pensando bem - precisam da autorização de chefes de quadrilha para entrar em determinadas áreas das cidades? (perguntas da última coluna do João Ubaldo Ribeiro. aliás, última não, penúltima, mas a que se encontra no site do globo que, depois de reformulação do site, piorou MUITO)
Como negar que haja um ser superior, onsciente e transcendente? Como defender que o Universo tenha se formado a partir de uma explosão de energia sem uma intervenção divina anterior a esse 'começo'? E como suportar a idéia de que o ser humano estaria sozinho, vivendo por sua conta e risco, sem algo ou alguém que o velasse? (boas perguntas do livro 'Em que crêem os que não crêem' de Umberto Eco e Carlo Maria Martini, esse último cardeal italiano com sobrenome de birita, hahaha)
Ontem, em algum jornal global: Uma pós-adolescente (??) mostra seu título de eleitora, aparência feliz. Em seguida, exibe a Portaria que a convoca para trabalhar na eleição: sem a aparência feliz, declara que não gostará de fazer o solicitado porque "é uma obrigação, e eu não gosto de fazer coisas pela obrigação"... É tão difícil ver que a civilização, e principalmente a democracia, necessita disso? Que não é possível fazer só o que se quer fazer? Que o princípio da realidade tem que ser balanceado com o princípio do prazer? (perdão, freudiano demais) Essa pessoa só faz o que quer? Como será que foi criada? Será que adolescentes sempre foram assim mesmo e não há nada de novo sob o sol? Ou será que estou ficando velho, chato e reclamão? :P
Boas perguntas sobre nós e os espaços públicos, por Roberto Da Matta: "Quem não quer o melhor, o mais rico e o mais belo para sua família? Para seus filhos e netos? Quem não morreria no lugar de um filho? Quem não distribuiria toda a sua fortuna, ou o que fez de mais valioso, para ver vivo um filho que, em vez de estar dormindo na sua cama, no seu quarto, dorme o sono da eternidade num sepulcro, em meio a um desolado e impessoal cemitério, onde ? a despeito de jazigos e covas rasas ? as regras valem para todos? (...) Como enfrentar a ?luta? e a ?guerra? demandadas pelo universo moderno e igualitário das cidades ? essa ?rua? dos assaltos, dos atropelamentos, dos descasos, do salve-se quem puder que nos transforma em inferiores e ?ninguéns? ? quando fomos criados e treinados a viver para a ?casa? com a ?mamãe? nos dando comida na boca e só servindo o jantar quando estivermos com fome? Como conciliar uma cidadania igualitária que na rua nos nivela e inferioriza com uma superpessoalidade que, em casa, diz que somos especiais? O que fazer quando descobrimos que na rua somos ilustres desconhecidos e que, nesse espaço que é de todos, a regra é o salve-se quem puder, porque ainda não aprendemos a respeitar o que a todos pertence? Como realizar isso ? sussurra-me o espírito de Gilberto Freyre ? se fomos uma sociedade de senhores e escravos, o paradigma da vida digna sendo dado não na massa de negros que eram animais e máquinas nas ruas, mas nos sobrados de onde saía o som de uma valsa de Chopin? Como abraçar uma prática de igualdade individual, num sistema ordenado por desigualdades entre casa e famílias? Como disciplinar com humanidade pessoas de pensamento aristocrático, que se pensam como especiais, pilotando essas máquinas poderosas chamadas automóveis, num espaço absolutamente igual para todos, como é o caso de nossas ruas e avenidas? Não seria a pressa diabólica e agressiva na rua a revelação inconsciente do quanto cada um de nós é importante em nossas casas? Não seria essa velocidade que mata e destrói, corroendo nossa liberdade, um aviso de que não sabemos competir porque projetamos nossas identidades da casa na rua e, com isso, perdemos de vista o padrão igualitário que é a norma na rua? O que acontece quando saímos do mundo pessoal e hierarquizado da casa e caímos no anonimato das ruas, onde todos são iguais perante suas máquinas e sinais? Não é nessa ausência de percepção entre o gigantesco fosso que divide esses mundos que jaz a tragédia onde perdemos nossos filhos motorizados porque jamais pensamos nos outros motoristas como filhos? Quando é que vamos transformar nossas cidades em casa?"
O que exatamente Daniella Cicarelli fez de errado no vídeo? Seduziu o namorado? Demonstrou que gosta de sexo? Os errados não são os papparazzi talvez também pervertidos que alimentam nossas necessidades pornográficas??? O que uma 'dança do acasalamento', como disse o Tutty, tem de errado? Ou será que nem todos nós tivemos a oportunidade de vê-la através de uma mulher maravilhosa como ela? Inveja???

Chavez

Chavez chama Bush de diablo, diz que tem cheiro de enxofre, ironicamente representa canastramente John Wayne, e continua andando pelas ruas do Império. Em que outro país isso seria possível? Em que outra época o Império teve que suportar isso? O que preferimos a esse império? O russo? O chinês?

Sobre 'Sexo Anal', o livro

Como escrever sobre um ?livro? (as aspas são devido ao fato de não ter sido lançado em papel, inexplicavelmente, se o mundo funcionasse racionalmente) do qual gostei muito? Mais ainda, sendo o livro de alguém que admiro e gosto, mesmo sem nunca tê-lo encontrado? Bom, o livro é viciante. E pop, no melhor sentido do termo (o sentido Beatles, talvez). Ritmo, linguagem, bons (boas?) personagens, coerência, costura surpreendente e eficiente de todas as tramas, final não didático e não óbvio (não vou contar), inspiração em pessoas reais (o Alex é real???), excitantes situações verossímeis, um tema de ligação sutil, não tenho o que reclamar do uso do meu tempo, porque o download é de graça, hahaha. Mesmo não sendo sobre sexo, e sim sobre personagens que tem o sexo (como quase todos nós?) como elemento essencial nas suas vidas, o livro tem muitas situações pesadas, e talvez por isso a dificuldade (burra) no trato com editoras. Mas mesmo autores 'best seller' como Sidney Sheldon e Harold Robbins (eu li sim, você não?) tratam de sexo, drogas, violência etc. Então por que não saiu ainda??? Medo do espelho, aversão a tratar de incômodas situações sociais banais mas violentas e comuns? Não vou teorizar sociologicamente sobre um não-fato... Agora vem o 'mas', e sempre tem o 'mas', (diz aí, Biajoni?) No caso presente, esse 'mas' tem o meu gosto pessoal como base, e também o conhecimento dos talentos e conhecimentos do autor: eu queria mais citações musicais (até acho que meu gosto tem mais a ver com o Nick Horby, mas o Biajoni é mais próximo, de algum modo que não compreendo). Mas a verdade é que o livro não tem palavras a mais nem a menos, e provavelmente as citações musicais atrapalhariam no texto, ou na compreensão, ou no ritmo, ou em algo que tornaria esse livro outro que não ele mesmo... Falar o que mais? Obrigado, Bia, espero ler muitos outros, espero que você ganhe dinheiro com a literatura e com a crítica musical. E que venha a Curitiba ver o Tim Festival...

Acústicos mtv

Quantos foram (são)? Quantos valem a pena? Valer a pena? O q seria isso? Qualidade, reverência, tradição, inovação, releitura, banalidade, criatividade? Por q o Rogério Duprat nunca assinou nenhum???!? Como uma idéia a princípio tão boa é vista com tanta reserva como um golpe levanta zumbi? Q porra é essa de o Lobão gravar um depois de tanta e justas críticas? Por uma corporação?

Sobre mãos sujas e paus

Vcs homens, lavam as mãos antes de urinar? E depois? As mãos são muito sujas realmente. Os paus, lavadinhos e cobertos, a não ser q se urine com freqüência, são bem limpinhos. Pelo menos o meu é... e vcs?

espelhos

Como seria uma vida sem espelhos? Sem registros de nossa própria aparência? Sem imagens desenhos ou fotografias de nós mesmo? Sem que soubéssemos o contorno do nosso perfil, a proporção da boca diante das sobrancelhas e nariz? O comprimento das orelhas, a coloração dos olhos? Veríamos todo o mundo, mas não nos veríamos. O que seríamos, sem nos vermos? Ou, pelo contrário: como seria uma vida cheia de espelhos? Se só pudésssemos ver nossa face em todas as outras faces? Muitos e muitos registros de nós, da nossa expressão? Tudo que olhásssemos seria mudado por nosso modo de ver a vida, pelo jeito de falarmos, pelo jeito de ouvirmos? Não veríamos o mundo, apenas a nós mesmos. O que seríamos, só nos enxergando e mais nada? (...) Quem somos nós, afinal? (revista Vida Simples, junho de 2007)

relião isenta...por quê?

Ok, religião é necessário pra muitas pessoas. ok, liberdade de credo é essencial numa democracia. Mas as pessoas precisam de alimentos, água, moradia, roupas, calçados, sexo, drogas e rock'n'roll. E todos esses artigos são tributados (quer dizer, sexo e drogas ilegais, desde que em dinheiro vivo, não são tributados). Então por que as igrejas tem isenção de tudo? E, sendo assim, elas não se aproveitam desta vasta fartura pra entrar em ramos comerciais, como tvs e rádios?
Ateísmo romântico,o anestésico de uma era pós-tudo,o refúgio dos cafajestes,o nirvana das almas feridas,mais uma ideologia furada e nociva.
ou Amo-te porque não te conheço.Paixão pelo espelho,amor por si mesmo,Narcisos perdidos para sempreno mesmo momento que se repete sem cessar.Sem cessar, sem amor, sem amar, sem cessar...

ainda os antigos

O que os meus genes querem nem sempre é bom pra mim.Eles não conhecem profundidade.Eles não sabem que existe amor.E eu sou mais do que um animal governado por instintos e desejos.Mas que dá uma vontade, às vezes dá.

posts perdidos

Na verdade verdadeira, o weblogger está inacessível, então tudo foi perdido, mas não em vão...

novo endereço

Estou por enquanto republicando posts antigos. Aí vão eles...